Negativo. Trabalhadores na oficina da Fábrica de Pratas Casa Reis & Filhos, por Fotografia Guedes (?)
Nível de descrição
Documento simples
Código de referência
PT/AMM/AMR/FT/NG01/123
Tipo de título
Atribuído
Título
Negativo. Trabalhadores na oficina da Fábrica de Pratas Casa Reis & Filhos, por Fotografia Guedes (?)
Datas de produção
1920
a
1929
Datas descritivas
s/d, século XX
Dimensão e suporte
17,8x23,8 cm
História administrativa/biográfica/familiar
A casa Fotografia Guedes foi fundada por Henrique António Guedes de Oliveira (1865-1932), em 1892, sendo o seu estabelecimento situado na Rua de Santa Catarina, nº 262, no Porto. A partir de 1905, contou com a colaboração de seu irmão Constantino Guedes, que durante algum tempo exerceu funções de operador na Casa Biel. O arquivo da Casa Guedes encontra-se no Arquivo Municipal do Porto.
Casa fotográfica
Fotografia Guedes, Rua de Santa Catarina, nº 262, Porto
Localidade descritiva
Porto
Âmbito e conteúdo
Negativo. Trabalhadores na oficina, em actividade. Mostram-se uma série de operários adultos e crianças (e um encarregado?) trabalhando em peças diversas, com predominância das salvas. Esta parece ser uma fotografia encenada: todas as peças estão inclinadas para aparecer na imagem e tanto máquinas como operários permanecem imóveis durante o tempo de exposição: caso contrário, todos os movimentos ficariam registados (especialmente os movimentos rotativos das máquinas de polimento à esquerda do enquadramento). O espaço corresponde à sala de oficina da "Casa Reis - Fábrica de Pratas", onde António Maria trabalhou até à década de 20' do século passado, espaço esse identificado a partir da comparação da arquitectura com a de outros espaços fotografados cujos negativos existem neste espólio ( PT-AMM-AMR-FT-NG01-047, 064, 065, 066, 067, 068, 069, 070, 121, 122, 132, 133); no conjunto destes, destaca-se, em particular, um exterior no qual se vê a fachada do edifício, com placa aposta sobre a porta principal ( PT-AMM-AMR-FT-NG01-124). A Casa Reis foi fundada em 1880, no Porto, por António Alves Reis, tornando-se mais tarde na Casa Reis & Filhos, depois de os seus 2 filhos, Serafim e Manuel Reis, enveredarem pelo mesmo ofício. Trabalhava sobretudo para Portugal e Espanha. Em 1893, a Casa Reis & Filhos recebeu o título de ourives honorário da Casa Real Portuguesa. Apostou muito no profissionalismo, preparando muito bem os seus artifices e colocando profissionais muito competentes na direcção. Participou na organização dos I e II Congressos de Ourivesaria Portuguesa, em 1925 e 1926, integrando respectivamente a Comissão de Honra e a Comissão Nacional. Ao nível do tipo de produção, especializou-se em peças revivalistas, neogóticas e, sobretudo, neomanuelinas, religiosas e civis, com maior destaque para as de carácter historicista, em particular as que foram executadas por António Maria Ribeiro que, pelo menos desde 1915 já lá trabalhava, vindo a ser o seu director artístico durante muitos anos. Participou em inúmeras exposições nacionais e internacionais. Aquando da Grande Exposição Industrial Portuguesa em Lisboa, em 1932, já António Maria Ribeiro tinha as suas próprias oficinas de cinzelagem e fundição. A partir da década de 40', as referências à sua actividade começam a rarear, tendo cessado a mesma por essa altura (Trancoso, 2009, pp.51-55).A fotografia deverá ser da autoria da Fotografia Guedes, uma vez que foi esta casa que fotografou as peças identificadas neste contexto, existindo vários espécimes assinados neste espólio, para além do negativo apresentar características semelhantes aos restantes relativos ao levantamento dos vários espaços da fábrica mencionada.
Cota atual
PT-AMM-AMR-FT-NG01-123 / AM - Arm. B - Cx.4
Cota original
Caixa 14 - Foto 129
Cota antiga
OSB.12904
Características físicas e requisitos técnicos
Vidro.Mau estado de conservação.
Unidades de descrição relacionadas
PT-AMM-AMR-FT-NG01-047, 064, 065, 066, 067, 068, 069, 070, 121, 122, 124, 132, 133