Negativo. Sacra, da Casa Reis
Nível de descrição
Documento simples
Código de referência
PT/AMM/AMR/FT/NG01/117
Tipo de título
Atribuído
Título
Negativo. Sacra, da Casa Reis
Datas de produção
1915
a
1930
Datas descritivas
s/d, século XX
Dimensão e suporte
23,8x17,8 cm
Âmbito e conteúdo
Negativo fotográfico em vidro reproduzindo uma sacra com excerto do Evangelho de São João (Génesis), apresentando no canto superior esquerdo uma Santíssima Trindade, e, ao lado esquerdo, S. João Evangelista inserido num nicho, a escrever, de olhos postos na Trindade. Esta imagem surge inserida em moldura de prata, neogótica, decorada por elementos vegetalistas, representações arquitectónicas (janelas de 3 lumes) e, ao nível superior, quadrifólios e figuras de arcanjo, sendo rematada por uma cruz saliente. Trata-se de uma peça fabricada na Fábrica de Pratas Casa Reis & Filhos, conforme assinatura gravada na base da peça, esta saliente, junto às marcas de contraste sendo, muito provavelmente, da autoria de António Maria Ribeiro.A Casa Reis foi fundada em 1880, no Porto, por António Alves Reis, tornando-se mais tarde na Casa Reis & Filhos, depois de os seus 2 filhos, Serafim e Manuel Reis, enveredarem pelo mesmo ofício. Trabalhava sobretudo para Portugal e Espanha. Em 1893, a Casa Reis & Filhos recebeu o título de ourives honorário da Casa Real Portuguesa. Apostou muito no profissionalismo, preparando muito bem os seus artifices e colocando profissionais muito competentes na direcção. Participou na organização dos I e II Congressos de Ourivesaria Portuguesa, em 1925 e 1926, integrando respectivamente a Comissão de Honra e a Comissão Nacional. Ao nível do tipo de produção, especializou-se em peças revivalistas, neogóticas e, sobretudo, neomanuelinas, religiosas e civis, com maior destaque para as de carácter historicista, em particular as que foram executadas por António Maria Ribeiro que, pelo menos desde 1915, já lá trabalhava, vindo a ser o seu director artístico durante muitos anos. Participou em inúmeras exposições nacionais e internacionais. Aquando da Grande Exposição Industrial Portuguesa em Lisboa, em 1932, já António Maria Ribeiro tinha as suas próprias oficinas de cinzelagem e fundição. A partir da década de 40', as referências à sua actividade começam a rarear, tendo cessado a mesma por essa altura. (Trancoso, 2009, pp.51-55).
Cota atual
PT-AMM-AMR-FT-NG01-117 / AM - Arm. B - Cx.4
Cota original
Caixa 14 - Foto 123
Cota antiga
OSB.12898
Características físicas e requisitos técnicos
Vidro. Razoável estado de conservação.
Notas de publicação
Referência bibliográficaTRANCOSO, Teresa Maria Pinto, "Um estudo sobre a obra de António Maria Ribeiro: cinzelador, ourives, escultor e desenhador portuense. 1889-1962", Dissertação de Mestrado em Artes Decorativas, Universidade Católica Portuguesa, Lisboa, 2009, pp.51-55.
Notas
Tem a inscrição manuscrita na emulsão: "105402-2"