Negativo. Altar da Pátria (detalhe), de António Maria Ribeiro, por Fotografia Guedes

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Negativo. Altar da Pátria (detalhe), de António Maria Ribeiro, por Fotografia Guedes

Detalhes do registo

Nível de descrição

Documento simples   Documento simples

Código de referência

PT/AMM/AMR/FT/NG01/012

Tipo de título

Atribuído

Título

Negativo. Altar da Pátria (detalhe), de António Maria Ribeiro, por Fotografia Guedes

Datas de produção

1922  a  1922 

Datas descritivas

s/d, 1922

Dimensão e suporte

23,8x17,8 cm

História administrativa/biográfica/familiar

A casa Fotografia Guedes foi fundada por Henrique António Guedes de Oliveira (1865-1932), em 1892, sendo o seu estabelecimento situado na Rua de Santa Catarina, nº 262, no Porto. A partir de 1905, contou com a colaboração de seu irmão Constantino Guedes, que durante algum tempo exerceu funções de operador na Casa Biel. O arquivo da Casa Guedes encontra-se no Arquivo Municipal do Porto.

Casa fotográfica

Fotografia Guedes, Rua de Santa Catarina, nº 262, Porto

Localidade

Localidade descritiva

Porto

Âmbito e conteúdo

Negativo fotográfico em vidro reproduzindo peça de ourivesaria designada por "Altar da Pátria", em estilo neomanuelino, com figuração variada em composição que remete para o modelo da custódia manuelina de Belém (Museu Nacional de Arte Antiga), composta por peça em prata sobre base em pedra, da autoria do escultor cinzelador António Maria Ribeiro, executada ainda na Casa Reis & Filhos, no Porto. O "Altar da Pátria" consiste "numa interpretação da epopeia lusitana, de inspiração camoniana e estética neomanuelina, e encontra-se impregnada de simbologia patriótica e religiosa. As cruzes da Ordem de Cristo, as armas de D. Manuel e as esferas armilares que compõem as asas, não são as únicas alusões à epopeia. Na base, quatro caravelas dispõem-se estrategicamente, indicando os quatro pontos cardeais; o arranque do bojo é composto pelas figuras do Infante D. Henrique, de Vasco da Gama, de Pedro Álvares Cabral e de Luís Vaz de Camões, que se encontram de costas para cinco colunas, quatro exteriores e uma interior, representando esta última um tronco de palmeira, alusiva à flora tropical. Os mastros das caravelas têm hasteadas bandeiras que inscrevem alguns versos dos Lusíadas. Do mar agitado, na base, emergem nereidas, tritões e outras figuras mitológicas, como Vénus e Neptuno. O remate superior é composto por duas figuras esculpidas em marfim em representação dos rios Indo e Ganges e que carregam, em conjunto, uma esfera armilar. Sobrepondo-se a toda esta composição, surge, em prata, e marfim, a figura da Fé, que carrega uma cruz de Cristo, e que protege a travessia das naus. O Altar assenta numa estrutura de mármore preto de Sintra que lhe dá continuidade na forma e na qual se encontra agregada uma cartela em prata com a seguinte inscrição: «Altar da Pátria - ao Gabinete Portuguez de Leitura da Colónia Portugueza no Rio de Janeiro MCMXXIII»" (Trancoso, 2009, pp.102-103). Peça fotografada sobre fundo neutro claro.O "Altar da Pátri" foi exposto no Pavilhão Português da Feira de Amostras (Exposição do Rio de Janeiro, 1922), por ocasião do 1º centenário da Independência do Brasil. Em 1923, a peça foi adquirida pela Colônia Portuguesa no Rio de Janeiro e oferecida ao Real Gabinete. (Fonte: http://www.realgabinete.com.br/portalweb/Biblioteca/AcervoArt%C3%ADstico/tabid/75/language/pt-P(...) Trancoso, 2009, pp.102-103)A Casa Reis foi fundada em 1880, no Porto, por António Alves Reis, tornando-se mais tarde na Casa Reis & Filhos, depois de os seus 2 filhos, Serafim e Manuel Reis, enveredarem pelo mesmo ofício. Trabalhava sobretudo para Portugal e Espanha. Em 1893, a Casa Reis & Filhos recebeu o título de ourives honorário da Casa Real Portuguesa. Apostou muito no profissionalismo, preparando muito bem os seus artifices e colocando profissionais muito competentes na direcção. Participou na organização dos I e II Congressos de Ourivesaria Portuguesa, em 1925 e 1926, integrando respectivamente a Comissão de Honra e a Comissão Nacional. Ao nível do tipo de produção, especializou-se em peças revivalistas, neogóticas e, sobretudo, neomanuelinas, religiosas e civis, com maior destaque para as de carácter historicista, em particular as que foram executadas por António Maria Ribeiro que, pelo menos desde 1915, já lá trabalhava, vindo a ser o seu director artístico durante muitos anos. Participou em inúmeras exposições nacionais e internacionais. Aquando da Grande Exposição Industrial Portuguesa em Lisboa, em 1932, já António Maria Ribeiro tinha as suas próprias oficinas de cinzelagem e fundição. A partir da década de 40', as referências à sua actividade começam a rarear, tendo cessado a mesma por essa altura. (Trancoso, 2009, pp.51-55).

Cota atual

PT-AMM-AMR-FT-NG01-012 / AM - Arm. B - Cx. 1

Cota original

Caixa 2 - Foto 10

Cota antiga

OSB.12.785

Idioma e escrita

Características físicas e requisitos técnicos

Vidro.Razoável estado de conservação.

Unidades de descrição relacionadas

Provas correspondentes: PT-AMM-AMR-FT-PR02-024 e 174; PT-AMM-AMR-FT-PR02-010, 023; PT-AMM-AMR-FT-NG01-014, 016, 132, 133.

Notas de publicação

Referência bibliográficahttp://balcaovirtual.cm-Porto.pt/PT/cultura/arquivos/arquivomunicipal/arquivosprivados/arquivof(...) http://www.realgabinete.com.br/portalweb/Biblioteca/AcervoArt%C3%ADstico/tabid/75/language/pt-P(...) TRANCOSO, Teresa Maria Pinto, "Um estudo sobre a obra de António Maria Ribeiro: cinzelador, ourives, escultor e desenhador portuense. 1889-1962", Dissertação de Mestrado em Artes Decorativas, Universidade Católica Portuguesa, Lisboa, 2009, pp.51-55; 82, 102-103.